Contudo, este termo entrou em uso tão banal, que numa espécie de gíria (talvez, não sei que registo linguístico será), passou a representar pelo senso comum algo como um simples “até logo”…
Portanto, e a ti que tens uma «naturalidade» tão peculiar e «complexa», gostaria de dizer que sinto uma grande ambivalência entre dizer-te um «adeus» definitivo ou um mero “até logo”…
Motivos?... Nem eu sei bem dizê-los… A verdade é que não é todos os dias que nos surgem pessoas que diante de nós, representem algo de tão bonito e sensível…
A inteligência, a mescla entre ingenuidade e perspicácia, a cómica ironia, a predisposição para boas acções, o empenho nos projectos futuros, a tua auto-exigência no trabalho, a determinação nos teus objectivos, a própria beleza interior e exterior que não consigo descrever, o dinamismo e até o discreto sorriso que há em ti… Fazem-me pensar demasiado…
E… “pensar, é estar doente dos olhos”… dizia alguém importante da nossa literatura! =)
Por outro lado, a capacidade para socializar (que é excelente e “só” representa mais uma grande qualidade), e a forma de se relacionar com algumas pessoas associada ao seu extenso número… deixam-me… com medo. Medo do sonho... e medo do sofrimento.
(Vá… deixam-me borradinho, pronto! LOL)
Não me posso entregar… não já. Não vou. Não devo. Mas quero! Muito…
Nem sei porque faz parte de mim ansiar tanto por isto…! Procuro, é um facto. E talvez não o devesse fazer. Só que encontrei-te.
Hoje, quando me perguntaste se "estava bem", encontrava-me com o seguinte pensamento:
«Deixar-te-ei porque te quero bem, porque gosto de ti. Prometo que sentirei a tua falta, mas não me posso dar ao "luxo" de sofrer. E não quero dar a impressão errada por te "absorver" tanto.»
E agora?...
Bem… perante tal retórica, digo que agora “vamos indo e vamos vendo”… como dizia alguém muito “sábio” do senso comum.
… (Estou aqui ao teu lado e “sinto borboletas no estômago”. Sonhei contigo na passada noite... Penso em ti quando me encontro na solidão. Quero-te fazer mil e uma coisas, mas não. Não devo. Não posso. O "risco" é demasiado grande.)…
Que vou eu fazer?...
Mais uma vez eu mesmo respondo: Nada. Paz e sossego, e muita solidão à mistura.
…(Queria dizer-te um daqueles «adeus» definitivos, para evitar esses “tais riscos”, mas não consigo… é mais forte que eu, e sei que mais tarde ou mais cedo, vou acabar por ceder…)…
Perder-me-ei para sempre contigo, numa noite, e afogar-me em sensações indescritíveis de prazer e alegria?...
Talvez... talvez não… porque talvez não és “assim”… eu sou um «sonhador» e tu talvez não… não da maneira que sabes a que me refiro… mas como gostava que o fosses…
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