Numa destas últimas noites, despedi-me de ti com um “…Até…”, ao que tu me respondes com um “…Já…”…
A partir daí, não dormi. A partir desse momento, comecei a divagar…
Por quê?!
Porque temos uma característica que nos define… o olhar atento, observador, analítico, que é sensível, até às percepções alheias!, e interpreta a intenção mais sublime no gesto mais discreto entre duas pessoas.
“Ler nas entrelinhas…”
Temos um amor incondicional. Mas também temos uma grande ausência presente.
Não chega.
Não se trata sequer de uma questão de flirt; antes disso mesmo: de uma intenção. E esta tem-me enchido de esperanças.
“Possivelmente talvez, provavelmente amor”…
Quando me imagino ao pé de ti, tudo se torna fora-de-mão para mim…
E se amanhã, saíres naquela paragem, naquele sítio… irás tu ter comigo, agarrar a minha mão, e dizer “aquelas” palavras?...
Tanto falámos, que podíamos andar aos círculos sem sair da estaca zero… mas não. Muito pelo contrário. Quem ousaria dizer que iríamos chegar a este ponto?!
Eu não. Mas sinto-me bem assim.
Com medo, mas um medo que domino e que tento projectar para um único impulso apenas: o nosso bem comum. :)
Tu sabes… embora aprecie a solidão, como assim o fiz durante toda a minha vida, não me importaria, de todo, passar parte do meu tempo contigo…
Mentira! Não me importaria de passar todos os segundos da minha manhã, da minha tarde e da minha tão preciosa Noite, CONTIGO!
Este medo, esta incerteza… deixam-me excitado, expectante…
Até então, caminho pela rua fora, na minha marcha tão peculiar, ao som da melodia enérgica que trago sempre comigo…
Sozinho. Mas com um sorriso no rosto! Sempre…
Vou para longe do meu lar… não conheço quem me rodeia, contudo estou seguro e confiante.
Só que… nem tudo são rosas…
Ocorrem momentos em que… não sei… Sinto que…
Não sei…!
A expressão com que me deparei esta noite a fumar mais um dos meus pensativos cigarros, foi “por que é que para respirar, precisamos de sofrer?!”… (É melodramática, eu bem o sei, mas… foi isso mesmo que pensei, num sentido figurado, claro!…)
Este sentimento embora não seja, por completo, o dominante, é, com toda a certeza algo que permanece constantemente escondido, na minha sombra…
Talvez porque tudo isto se trata de um risco. A nossa vida é repleta deles.
Encaro tudo isto então, com a visão de que este Meu momento, será mais um.
Vou guardar estas sementes e partilhá-las contigo. Vamos plantá-las juntos… e esperar que a colheita que se avizinha seja rica… Muito rica!
Já sofremos muito, chorámos muito… esquecemo-nos até, em determinados momentos, de como chorar. Magoámo-nos, por culpa das nossas penitências, e… não nos podemos esquecer do nosso passado. Muito do que somos hoje, devemo-lo ao nosso passado.
Vou tentar “ligar a luz pela paz, e desligar a luz desta guerra”…
Olho para ti, e sabendo que possivelmente estás a entrar numa fase ascendente da tua vida, ainda te vejo por vezes, a tropeçar e cair redondo no chão, sem te levantares.
Calma. Espera. Não desesperes… Eu estou a ir ao teu encontro! Eu puxar-te-ei para cima. E da próxima vez que o mesmo aconteça, serei o teu amparo. Não tornarás a cair.
Prometo-te.
Não tenhas medo. Não fujas…
Já passa da meia-noite. Começa a ser dia no Mundo do João… começa a ser dia no Teu Mundo. :)
Ando aos zigue-zagues novamente nesta nuvem fantástica que me faz pensar em ti. Que confusão e que maravilha!
Mas quando me perco… é tão triste, tão solitário, sinto-me tão pequeno, uma mente frágil e um espírito gentil num mundo deserto.
Sinto-me tão…
…
Ainda não estás aqui…
Falta pouco para isso acabar…
Não é suposto eu ficar assim. Não é suposto ficares aí.
Não é.
Ao sair da nuvem, deito-me ao lado de mim mesmo, a olhar para o meu rosto e a ver o brilhar dos olhos que dele emana… por ti.
Estarei enganado?! Não, certamente. E é tão bonito…
Seremos iguais? Não importa. Somos pequenos, mas divinos. Magoados, mas únicos. Difíceis, mas tão “doces”…
Absolutamente perfeitos! :)
Estou-te a ver…! Eu estou a chegar… espera só mais um pouco, e estou já aí!
Sabes…
Acredito ser obra do nosso amigo Destino, que no nosso Mundo, onde ora está tudo organizado, ora está tudo uma confusão brutal, e a mágoa, tristeza, solidão, e medo são dominantes, onde o antagonismo da dureza do dia-a-dia e da sua doçura lutam ferozmente, que haja Nele um momento de reviravolta. E que este momento também seja premeditado pelo nosso “amiguinho”. Não para nos confundir. Mas para nos fazer crescer, e fazer ver que no meio de tanta fonte seca, existem fontes que nunca secam…
Quero que sejas a minha “luz de presença”…
“(…) Quero ter a certeza da tua presença (…)”, e que dês sempre à minha “certeza” o “benefício da dúvida”…
É meia-noite e meia…
Depois de andar naquela Nuvem, de me deitar e ver-me a mim mesmo, decido sentar-me ao sol… ao “meu” sol.
Penso… tempos infinitos. E choro. Porque ainda não te tenho.
Mas paro.
Já não sou assim tão pequeno. Já não tenho assim tanto medo. E já não estou triste.
Sou forte.
SOMOS FORTES.
E só uma pessoa como tu, forte, brava e importante conseguirá abrir o meu livro… e VER-ME!
Caminho em direcção à tua luz… Estou mesmo quase a chegar!
Que sensação estranha…!
Que sorriso! Consegues sentir?
Estás aqui? Estás comigo? Eu sinto-te… :)
E é fantástico…
Que dia… que dia absolutamente perfeito.
Trago o teu coração comigo…
Trago o teu coração bem dentro do meu…
"LUZ DE PRESENÇA, OLHA PARA MIM: CHEGUEI!!!"
quarta-feira, setembro 10, 2008
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3 comentários:
Hoje, não quero falar de amor.
Hoje, nao quero falar de amor [2]
Porque temos uma característica que nos define
concordo :)
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