Porque terei eu voltado ao Centro, pelo Parque do Moinho?
Pensei que me fosses ver, mas não. Não viste.
(Quem vem aí?!...Serás tu? Para me surpreender?...Não...)
E a Lua? Trazer-te-à até mim?! Não sei...
Mas não. Não és tu, com tristeza minha.
Não tu, que sabes onde me encontrar...
A tristeza é tão grande que se espalha e semeia pelas ruas da vida.
O Parque, o Centro, a Cidade, e as suas flores e árvores deixam-nos sem abrigo novamente, depois de alguns anos.
Vejo gelo no solo e vapor de água a sair da minha boca.
Não te tenho para te dar a mão.
Apercebo-me que de forma abstracta, as estações estão a recuar no tempo, como que se passassem a decorrer de forma inversa.
(Recuar no tempo... O passado!)

A esperança do outrora.
Porque terei vindo eu ao Centro, pelo Parque do Moinho?...
Não sei...
E não te vejo, mas sinto o teu cheiro, a tua presença, vejo as tuas beatas de cigarro no chão, ao pé daquela árvore.
Quem pode ter a certeza do que for, através duma longa distância que me impede de saber a verdade? A Nossa Verdade?
Não sei porquê, amiga, mas fazes-me sentir como se eu me pudesse tornar no Homem que tivesses a certeza que seria "o tal"... "o tal" amigo, de sempre e para sempre!
"O tal"...
"O meu tal"...
1 comentário:
adoro a lua
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