domingo, fevereiro 22, 2009
«O Tal»
Porque terei eu voltado ao Centro, pelo Parque do Moinho?
Pensei que me fosses ver, mas não. Não viste.
(Quem vem aí?!...Serás tu? Para me surpreender?...Não...)
E a Lua? Trazer-te-à até mim?! Não sei...
Mas não. Não és tu, com tristeza minha.
Não tu, que sabes onde me encontrar...
A tristeza é tão grande que se espalha e semeia pelas ruas da vida.
O Parque, o Centro, a Cidade, e as suas flores e árvores deixam-nos sem abrigo novamente, depois de alguns anos.
Vejo gelo no solo e vapor de água a sair da minha boca.
Não te tenho para te dar a mão.
Apercebo-me que de forma abstracta, as estações estão a recuar no tempo, como que se passassem a decorrer de forma inversa.
(Recuar no tempo... O passado!)
A esperança do outrora.
Porque terei vindo eu ao Centro, pelo Parque do Moinho?...
Não sei...
E não te vejo, mas sinto o teu cheiro, a tua presença, vejo as tuas beatas de cigarro no chão, ao pé daquela árvore.
Quem pode ter a certeza do que for, através duma longa distância que me impede de saber a verdade? A Nossa Verdade?
Não sei porquê, amiga, mas fazes-me sentir como se eu me pudesse tornar no Homem que tivesses a certeza que seria "o tal"... "o tal" amigo, de sempre e para sempre!
"O tal"...
"O meu tal"...
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1 comentário:
adoro a lua
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