Enfim, hoje teve de ser… e foi. Era manhã cedo e eu todo aperaltado para dizer um simples “Adeus… foste das melhores coisas que me aconteceu até hoje, padrinho. Tenho muito orgulho em ti.”… Porém, a minha realidade é que isso não era assim tão simples, e portanto fui adiando a minha tristeza para depois… e depois…e depois.
Era já tarde para mim… e eu não queria ir… mas lá arranjei coragem depois de ver a tua página no livro de curso, e… pronto.
Era uma vez…
Era uma vez uma grande estaca que fala português no gerúndio (à brasileiro) que apanhou uma bebedeira no jantar de caloiro e cujo cartão Multibanco não funcionava no acto de pagamento… Eras (és) açoriano, mostraste-te simpático e prestável… logo aí mostraste boa impressão. Ajudei-te então a pagar a conta, e logo aí criou-se um laço… um laço construído por álcool e cartões rascas…
E as coisas foram-se passando… e os mesmos laços evoluindo… e a tua postura para mim revelou-se de tal maneira que como te tinha dito no meu pedido para seres meu padrinho, seria um parvo se não te pedisse para fazeres parte da minha vida académica e da minha caminhada (ascendente?) enquanto jovem adulto…
Os momentos ficam… as apresentações… as despedidas… enfim…tudo fica!
E como tal, não podia deixar de escrever esta carta… como forma do meu apreço por ti rapaz. Conhecemo-nos, construímos algo que nem toda a gente tem capacidade para o fazer, mas como tudo na vida, há um momento em que as coisas cessam… e para nós o ciclo fechou. Sei que posso contar contigo para certos e determinados momentos (e acho que tu também tens noção de que podes contar comigo, apesar de não o fazeres) mas tanto tu como eu sabemos que não vai ser a mesma coisa… e que infelizmente na vida as coisas vão-se esvanecendo com o passar do tempo.
Mas uma coisa digo-te: pode passar o tempo que passar, MAS LONGE DA VISTA, PERTO DO CORAÇÃO…
Obrigado Paulo, obrigado do fundo do coração por fazeres um esforço na tua vida solitária para tentares fazer de mim uma pessoa melhor, seja como aluno caloiro, seja como pessoa íntegra.
Obrigado por teres a capacidade de ler nas entrelinhas algumas das coisas que te dizia e que apesar de não dizeres nada (ou não poderes fazer nada sobre isso) entendia-la(s) na perfeição…
Obrigado por me teres aceitado da forma que eu sou… e acredita que isso não é fácil…
Obrigado por seres tu…
Obrigado por não te esqueceres de mim…
Quero que saibas que farás imensa falta de futuro… já não vou ter nenhum finalista tipo estaca morena, com sorriso de tétano para gozar! Já não vou poder desfrutar da bela da tua companhia e de uma conversa (sempre interessante com aqueles silêncios “tipo meditadores” teus pelo meio) fumando um belo dum cigarro (os quais vamos ter de deixar e é para breve)…
Não só por isto, mas por muito mais – que nem tenho palavras para descrever (nem quero, pois se o fizesse tiraria alguma da beleza do sentimento) – quero que saibas que estou aqui para o que der e vier, e sempre que venhas ao continente tenho as minhas portas abertas para ti…
Padrinho ontem, companheiros hoje, amigos para sempre…
Para mim, estás no mais alto dos pedestais, e podes acreditar piamente nisso. Nunca te esquecerei padrinho.
Mais uma vez, obrigado… e um grande bem haja para ti…
QUE O MELHOR DO TEU PRESENTE SEJA O PIOR DO TEU FUTURO!
Do teu afilhado e amigo,
João “São” Pedro Rocha
Para mim, estás no mais alto dos pedestais, e podes acreditar piamente nisso. Nunca te esquecerei padrinho.
Mais uma vez, obrigado… e um grande bem haja para ti…
QUE O MELHOR DO TEU PRESENTE SEJA O PIOR DO TEU FUTURO!
Do teu afilhado e amigo,
João “São” Pedro Rocha