«Não.»
Uma palavra constante em cada caminho a percorrer...
Não.
Não tenho casa.
Não tenho "ninguém".
Não tenho nada que me prenda "aqui".
Sinto-me um nómada, de passagem por territórios, que embora familiares, soam como se fossem alheios...
...
...
...
A Areia sopra bem forte, agressiva, como gelo, neste deserto tórrido e vazio...
Sopra de tal maneira, porque tem sentimentos... é solitária e triste.
Combate a Solidão, mas sai das suas batalhas sempre vencida.
Felizmente, surge a Noite, que estende as suas asas e exibe o céu estrelado para a Areia, que sossega e cada seu grão prossegue caminho...
É este o modo como a Areia vive, um dia após outro...
É este o modo como a Areia vive, vida após vida...
E como é nómada, a Areia não tem medos, por isso arrisca em qualquer circunstância...
Arriscar pode significar a sua hipótese para um rumo diferente... Arriscar pode significar a sua salvação.
Cada seu grão, é uma alma vazia, e a Noite, quando chega, traz a cada um deles, a sua própria sombra com o brilho puro e apaziguador da Lua, na procura desesperada de lhes trazer vida, unicidade...
Até hoje, nenhum deles conseguiu tal proeza...
Mas a Areia, bem...
A areia é forte e determinada. Por isso tem esperança.
Dia após dia.
Vida após vida.
...
...
...
Sou um nómada.
Grito aos céus.
A minha voz ecoa na montanha, ao longo dos vales...
Dia após dia...
Não vou desistir... leve-me o Destino para onde o Vento me soprar...
*
sexta-feira, junho 12, 2009
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